Na festa de casamento, ele estava pleno e tão cheio de si! Quando viu a "mulher da sua vida" entrar toda de branco, toda pura, toda princesa, nossa! Ele enlouqueceu. Enlouqueceu em lágrimas. E, de peito aberto uivou bem alto. É… ele era dessas, gostava de ser o astro do espetáculo e não tinha medo de expressar seus sentimentos. Vale dizer aliás, que era um cara cheio de potenciais, amava arte, mas não se metia com isso não, mas isso é assunto para outro momento do conto, talvez. Voltemos à festa!
Bem ali, admirando o seu bibelô branco, viu toda a cena em sua frente: casa feliz, apartamento com varanda gourmet, churrasco com futebol aos finais de semana, a mulher grávida 1, 2, 3 vezes, no mínimo! Criançada e família juntos naquela casa conquistada com tanto suor… ai, que vida! Mal cabia dentro de si.
Tudo do jeitinho que eles queriam: salgadinhos frescos direto da panelona de óleo borbulhante, champanhe à espera do grande salve!
E o bolo... ahh o Bolo Negro... pra ele, aquilo era uma lance meio adolescente, meio rock'n roll, mas como já foi dito por aqui, essa não foi a maior motivação da noiva.
Ele não entendia muito de sinais, acreditava que sua mulher estava na mesma vibração.
Pra ele, as coisas que ela eram infantis, coisas de menina imatura… e ele tinha grandes motivos pra isso, pois de fato, ela não sabia muito bem o que pensar sobre muito do que acontecia em sua vida e eles ainda eram os adolescentes que acabaram de escapar das casas dos seus pais, não se levavam muito à sério, eram duas crianças diante de algo novo.
Mas calma lá, a vida estava começando e, com sorte, eles ainda teriam tempo para descobrir os próximos episódios.
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