Every Breath You Take foi a música que marcou o 1º encontro deles, numa festinha de garagem promovida por uma conhecida em comum, amiga dela e prima dele. Essa menina, Ceci, era uma garota muito jovem que recebia convidados mais velhos, um pessoal que se amassava pelos cantos e que se via independente.
Uma galera que a nossa protagonista (a futura casada) admirava.
A anfitriã, Ceci, tinha 15, e achava que promover esses encontros lhe conferia uma certa personalidade. E dessa vez, criou uma festa à moda antiga na garagem de casa com uma lona azul bloqueando a vista dos curiosos. E uma festa assim, debaixo dos olhos dos pais, não era problema pra ela, já que eles foram jovens ativistas hippies que ainda cultivavam um frescor dessa raíz.
A nossa futura esposa admirava, mas também temia esse jeito da amiga. Afinal de contas, nessa altura da história, ela só tinha 13 e, apesar da sua ousadia, era muito menina e tinha pouca experiência de vida social para se firmar um jeito de ser “seu”.
Apesar disso, a máscara de moça bem resolvida estava prontíssima e era desse jeito que muitas pessoas a conheciam, principalmente os garotos com quem ficava. Seu corpo já figurava a imagem de uma mulher, e por aqui, terra dominada pela exploração erótica do corpo feminino, ela se rendia, cegamente, a esse atributo, usando micro-saias e tops. Não havia um homem sequer que não olhasse para a sua escultura quando ela surgisse.
Ele, o futuro esposo da história, estava lá pra dentro, junto de outros garotos jogando vídeo game sob o efeito suave de um beque fornecido pela anfitriã. É… ele estava assim, sobre uma linha de transição, entre futebol,vídeo game, beque, meditação, meninas e os “parça.”
Foi o único cara que não percebeu a beldade que acabara de chegar na festa, bem diferente dos amigos, que já estavam encabulados com aquela presença divina. Mas ela, bem… ela curtia um desafio e foi nele mesmo que ela mirou, no gatinho distraído inebriado por qualquer tipo de bobagem que passava na TV.
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