Aquele ambiente underground era tudo o que a contracultura daquele momento pintava como um bom jeito de se viver:
cabelo ensebado, com um ar de não tô nem aí, calça jeans surrada e corpos ossudos projetavam as últimas notícias: mortes de celebridades, drogas cada vez mais fáceis para os jovens e filmes que “glamourizavam” o tema.
E numa mistura de Pulp Fiction com Surf Music a festa aconteceu, eles se conheceram, se beijaram, um curtiu, outro nem tanto, mas insistiram e prosseguiram como o roteiro previa.
O tempo passou…
Ela?! Ficou na promessa.
Ele... só deixava a marola levar.
Viajaram para um nordeste de fissuras remendadas, e no meio disso, a vida acontecia como séries e aventuras cinematográficas. Um parque de diversão reluzente, cheio de luzinhas cintilantes e camuflantes de realidade.
Ela esqueceu de si quase que completamente, abandonou a chama... mas por anos fez bom uso da personagem queridinha desenhada para adoçar gente faminta de vida.
Ele se acreditava feliz e poderia ter se nutrido disso por uma eternidade! Mas outro vermelho impôs um dar-se conta sem igual.
O dia do aborto.
A-Feto, um traço que o Feto lança entre o A. De um Amor que nunca houve, eliminado por um personagem que não vingou.
Nesse interim, a vida só desfruta e aplaude.
FIM
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